O turismo do Rio Grande do Norte, uma das atividades econômicas de maior peso no estado, viveu, ao longo desta década, como em uma montanha russa em que intercalou momentos de baixa com altas expressivas nos números. O setor colheu em proporção, se não maior, parecida com a do imobiliário, os louros da “invasão” estrangeira no Nordeste a partir de 2004. Como poucos também sentiu o baque da fuga dos visitantes de fora quando o Dólar e o Euro perderam força diante do Real e a crise assombrou boa parte dos países emissores. Agora, pegando carona principalmente no fortalecimento do mercado interno e na vontade de viajar dos brasileiros, o setor luta para voltar aos tempos áureos e se vê diante de uma série de desafios que precisará vencer com a contribuição do novo governo.
Os desafios para que o turismo do Rio Grande do Norte dê um salto nos próximos anos passam pela necessidade de qualificação de mão de obra, de investimentos em infraestrutura e de diversificação do produto, reconhecido internacionalmente como um oásis para quem quer sol e mar em abundância. Mas não é só isso. Para que o turismo deslanche com força, sistematizar e planejar ações voltadas à atividade são fundamentais, diz a presidente do Fórum Nacional dos Cursos Superiores de Turismo e Hotelaria e diretora da Escola de Hospitalidade da Universidade Potiguar (Unp), Jurema Dantas.
De acordo com ela, o Rio Grande do Norte precisa definir uma política estadual de turismo que, entre outros pontos, defina as prioridades de investimento no ramo. O Conetur, conselho estadual do qual faz parte e que é responsável por propor diretrizes, oferecer subsídios e contribuir para a formulação e implementação da Política Estadual de Turismo, tem trabalhado para estimular o novo governo a agir nesse sentido. O órgão está elaborando um documento que será entregue a governadora eleita Rosalba Ciarlini, em que apresenta um diagnóstico do setor e traça cenários, com análises específicas sobre áreas como planejamento e gestão, estruturação da oferta turística, qualificação, infraestrutura, logística de transporte, meio ambiente e promoção e apoio à comercialização. “Estamos levantando a necessidade de efetivar o planejamento da atividade dentro da visão sistêmica do estado e de acordo com a questão do orçamento. E isso não significa apenas mostrar que é preciso investir mais em divulgação. A intenção é mostrar que é preciso se montar, por exemplo, um plano de marketing, planejar a divulgação, a participação em eventos e sistematizar pesquisas para saber que resultados estamos obtendo com investimentos”, detalha a professora.
Mesmo que não seja o único ponto em debate, o volume de recursos destinado à divulgação do estado é uma dos pontos que o deixam em desvantagem em relação aos vizinhos e que exigem mudanças, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no estado, Enrico Fermi.
“Enquanto nosso orçamento para divulgação fica em torno de R$ 12 milhões por ano, o de Recife chega a R$ 55 milhões. É uma diferença muito grande”, calcula. Tanta diferença também, contribuiu para que outros estados – que investem mais - sofressem menos com a debandada estrangeira, diz a coordenadora do curso de Turismo da UFRN, Andrea Dantas.
PATU NOTÍCIA - Em Patu a Atividade do Turismo só existe na boca de alguns políticos da cidade que falam de vez em quando sobre a atividade, sem muitas vezes nem saber do que estão dizendo. Na cidade de Patu mesmo com seu gigantesco potencial, dividido em vários atrativos turísticos não existe políticas públicas para desenvolver o setor, nem o Conselho Municipal de Turismo existe, ou melhor, você sabe qual foi a última atividade desenvolvida em prol da comunidade por um dos Conselhos do Município de Patu? Você já viu ou ouviu falar que um Conselho tenha proposta algo e os administradores tenham feito?
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