Marina Silva (PV-AC) divulgou nota para desmentir declaração do presidente do PT, José Eduardo Dutra, de que aceitou se reunir para discutir o apoio a Dilma Rousseff no segundo turno.
Segundo Marina, o presidente do PT ligou para dizer que gostaria de iniciar as conversas sobre o apoio.
No entanto, ela afirma ter agradecido o telefonema e ter dito que irá discutir, nos próximos dias, com o partido e com "parcelas da sociedade civil" sobre o apoio.
A senadora também disse a Dilma Rousseff (PT) e a José Serra (PSDB), em telefonemas, que sua candidatura foi maior que o próprio PV.
Presidente do PT diz que Marina já aceitou conversar sobre apoio a Dilma
Após a divulgação da nota, Dutra disse ter sido mal interpretado pela Folha. Ele afirmou que ligou para Marina, fez o pedido da conversa e que respeitaria o tempo dela.
Segundo ele, a ex-candidata não aceitou nem recusou a proposta, ficando de avaliá-la. Disse ainda que o pedido de conversa foi entre ele (Dutra) e Marina e não entre ela e Dilma.
"Você sabe que sou uma mulher de processo", afirmou a ex-candidata à Presidência ao dirigente petista no telefonema.
De acordo com a nota, o PV fará uma convenção nacional para decidir a questão.
Na tarde desta terça-feira, Dutra havia afirmado que Marina Silva já tinha aceitado se reunir com a campanha de Dilma Rousseff para discutir o apoio.
"Ela aceitou sentar para conversar. Agora, vamos esperar o timing dela", afirmou o petista em Brasília.
Segundo o petista, Marina iria ouvir pessoas mais próximas a ela antes do encontro.
De acordo com Marina, a declaração dele foi um equívoco.
Mais cedo, o presidente do PT disse que telefonou para Marina e a parabenizou pela votação que teve na disputa presidencial. Ela conseguiu 19,33% dos votos válidos (19,6 milhões). Esse patrimônio eleitoral é cobiçado por Dilma e José Serra (PSDB).
Segundo o dirigente petista, o PT vai procurar abordar neste segundo turno a bandeira do desenvolvimento sustentável. Dutra disse que a questão é compatível com o partido.
"No primeiro turno, a população mostrou que tem uma preocupação com isso. Vamos deixar isso mais claro", disse.
Da Folha de São Paulo
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