O Dia das Mães tem origem estadunidense no início do século XX. A data, hoje festivamente comemorada, nasceu de uma tragédia: a morte da mãe da americana Anna Jarvis, na Virgínia Ocidental, em 1905. Preocupadas com Anna, que apresentava quadro depressivo, suas amigas organizaram um memorial à sua falecida mãe e uma festa que se integrou ao calendário da Virgínia em 1910 e, dos Estados Unidos, em 1914. No Brasil, a data foi oficializada em 1932, no governo de Getúlio Vargas.
Como dito, embora seja uma data festiva - e a segunda mais importante, em volume de vendas, no calendário comercial - este Dia das Mães do ano de 2010, aqui, está marcado pela ocorrência, recentemente, de inúmeros casos que giraram em torno deste dom divino que é a maternidade. Remetendo-nos à origem da data, alguns são verdadeiras tragédias. Mas há também vitórias. Por isso, para algumas mulheres, em especial, há que se questionar que sentido terá este próximo 8 de maio.
Será difícil viver o domingo das mães para a adolescente de 15 anos, de São Paulo, que sentiu a maternidade tão perto e, num aborto, viu-a escorrendo como água entre os dedos, impelindo-a a se vestir de enfermeira, passar horas num hospital e, num ato de desespero, sequestrar um recém-nascido por algumas horas. Essa data será indelével também para a mãe que viu sua filha ser raptada e, após seis horas, ser devolvida e perdoou a sequestradora. Um sentimento tão forte capaz de causar o desespero, a insanidade e o perdão.
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