O feirão é um evento nacional, que ocorre pela primeira vez no Rio Grande do Norte. Simultaneamente, mais de 90 cidades em todo o Brasil também sediam edições locais do evento. Para o próximo ano, conforme explicou Carvalho, a expectativa é de ampliar as atividades do feirão, expandido a exposição para mais dez municípios do interior. Por hora, informações sobre tributos estão sendo distribuídas na Praça de Eventos do Natal Shopping, durante todo o dia de hoje (25), das 10h às 22h.
O objetivo é conscientizar a população sobre a alta carga tributária, que chega a mais de 35% do PIB (Produto Interno Bruto), e em alguns casos a mais de 50% da renda de famílias mais carentes. A população, por sua vez, desconhece a carga tributária brasileira. Os próprios visitantes do feirão se declararam surpresos diante dos números apresentados.
“A gente sabe que o imposto vai embutido nos serviços e produtos que compramos, mas eu mesmo não tinha ideia de que esses valores eram tão altos”, revela o professor de matemática Joceilton Oliveira, que visitou o evento na manhã deste sábado. Ele diz que, se essa quantia fosse revertida para a população, não haveria problemas.
“Não sou contra o imposto, mas contra a má administração do dinheiro arrecadado”, explica. De acordo com o presidente da CDL Natal, Ricardo Abreu, a quantia serve para ajudar a quitar juros da dívida interna. Ele conta que a falta de investimentos seria justificada pela queda do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).
A explicação, contudo, não convence Abreu. “Comparando o período de janeiro a agosto de 2009 e o mesmo intervalo de tempo de 2010, verificou-se aumento da arrecadação de tributos na ordem de R$ 70 bilhões. Para onde vai esse dinheiro?”, questiona.
Os impostos, por sua vez, incidem tanto na produção, quanto na distribuição e na venda direta ao consumidor. “Um dos problemas do Brasil é o acúmulo de tributos, a carga em cascata”, critica o presidente da CDL Natal. O professor de matemática Joceilton Oliveira reclama ainda que, após tantos impostos, ele ainda tem que arcar com as despesas do serviço privado, porque o público “não funciona como deveria”.
O militar André Pergo, das Forças Armadas, concorda com ele, e sugere que um evento como o Feirão do Imposto tenha maior alcance. “O público que vem para cá, no shopping, ainda é muito seleto, reduzido”, comenta. Para ele, o que mais chamou a atenção foi o valor da gasolina, cujo preço é composto em 57% por taxas.
No Nominuto.com
Confira o que você paga de imposto em vários produtos
Nenhum comentário:
Postar um comentário