O ministro Orlando Silva desmentiu agora à Folha que vá entregar sua carta de demissão logo mais a Dilma Rousseff. Ele falou que ainda não tomou essa decisão e que tudo vai depender de uma conversa agendada com a presidente.
"Eu vou me encontrar logo mais com a presidenta. Não vou dar um passo antes de falar com ela. Não vou dar um passo que não seja orientado por ela. Vou fazer o que a Dilma mandar."
Orlando afirmou que tudo o que fez nos últimos dias teve como inspiração orientações da presidente.
"Vou seguir o script dela, exatamente como estou fazendo até agora.
O ministro afirmou também que continua tendo "total e absoluto apoio" de seu partido, o PC do B.
Mais cedo, a direção do PC do B afirmou que Orlando vai entregar o cargo hoje.
O governo já está buscando nomes para substituí-lo na pasta. Os cotados para a vaga são os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Luciana Santos (PC do B-PE) e Flávio Dino (PC do B-MA).
A situação de Orlando se agravou ontem (25), data em que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou, de fato, as investigações de um suposto envolvimento do ministro em fraudes na pasta. E após a Folha revelar que em julho de 2006 Orlando assinou um despacho que reduziu o valor que a ONG do policial militar João Dias Ferreira precisava gastar como contrapartida para receber verbas do governo, permitindo que o policial continuasse participando de um programa social do ministério.
O documento, revelado ontem pela reportagem, foi o primeiro a estabelecer uma ligação direta entre Orlando e o policial, que hoje acusa o ministro de comandar um esquema de desvio de dinheiro público para alimentar o caixa do PC do B.
Sérgio Lima - 18.out.2011/Folhapress | ||
Orlando Silva, ministro do Esporte, presta esclarecimentos na Câmara; atrás dele, obra "Tiradentes ante o Carrasco" (1951), de Rafael Greco, mostra o incofidente indo à forca. |
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