terça-feira, 19 de julho de 2011

Transportes exonera afilhado de Valdemar e indicados por ex-ministro

O governo exonerou nesta terça-feira (19) mais três funcionários do Ministério do Transportes --José Osmar Monte Rocha, Darcy Michiles e Estevam Pedrosa-- e dois do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) --Luiz Claudio dos Santos Varejão e Mauro Sérgio Almeida Fatureto. 

Rocha, que é considerado afilhado de Valdemar Costa Neto (PR-SP), integrou o chamado Grupo Executivo, um comitê encarregado de administrar a dívida do antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), que deu origem ao Dnit e é controlado por Valdemar. 

A demissão de Rocha foi oficializada por portaria no "Diário Oficial" da União no mesmo dia em que o jornal "O Estado de S.Paulo" mostrou seu envolvimento num atestado que ajudou na contratação de uma empresa de fachada pelo Dnit por R$ 18,9 milhões. 

Michiles e Pedrosa foram indicados pelo ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), que caiu com as denúncias de corrupção. De acordo com o Ministério dos Transportes, a dispensa de Pedrosa, Varejão e Fatureto são parte da estratégia de "reestruturação" da área de transportes do governo. 

Segundo o "Diário Oficial", Michiles pediu demissão. Ele foi deputado federal pelo PL entre 2003 e 2007.
Varejão é ligado ao PT e era coordenador-geral de Operações Rodoviárias. Ele respondia diretamente ao também petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária, cujo afastamento também foi determinado pela presidente Dilma Rousseff. 

Ao todo, as denúncias derrubaram até agora 11 integrantes do ministério e de órgãos ligados à pasta. Ainda é esperada a saída de Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, que está afastado do cargo. 

De acordo com a assessoria dos Transportes, o ministro Paulo Sérgio Passos ainda não deu nenhuma orientação sobre a situação do superintendente do Dnit em Mato Grosso Nilton de Brito. 

A Folha mostrou hoje que, homem de confiança de Pagot, Brito tem um irmão que é dono de uma empreiteira que tem contratos de R$ 26 milhões com a autarquia. O Planalto informou que a decisão sobre a permanência ou não do superintendente será definida por Passos. 

Do Folha.com

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