terça-feira, 27 de setembro de 2011

Greve dos bancários atinge 25 Estados e o Distrito Federal, dizem trabalhadores

Os bancários decidiram entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir de hoje (27). A paralisação atinge bancos públicos e privados em 25 Estados e no Distrito Federal, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O único Estado sem greve seria Roraima, de acordo com os trabalhadores.

A assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não soube informar dados de adesão à greve.

Segundo um balanço parcial feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, 621 locais de trabalho (entre agências bancárias e centros administrativos) ficaram de portas fechadas na manhã de hoje. O sindicato estima que 19,3 mil trabalhadores participam das paralisações.

Os bancários entraram em greve após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, na última sexta-feira (23), em São Paulo. Os trabalhadores recusaram a segunda proposta de reajuste e a decisão de parar foi ratificada em assembleias na noite de ontem.

A Fenaban propôs um reajuste de 8%, sendo 0,56% de aumento real --a inflação registrada no período foi de 7,4%. Os bancários consideram a nova proposta insuficiente e pedem aumento real de 5%.

O sindicato defende que os bancos têm condições de atender às reivindicações dos bancários, principalmente por conta do lucro líquido de R$ 60 bilhões que atingiram apenas no primeiro semestre deste ano.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (26), a Fenaban classificou a decisão de greve como "fora de propósito" e disse estar "preparada para continuar na negociação até que um acordo seja alcançado".

O que a Fenabran oferece

Segundo a Fenaban, foi feita uma proposta de reajuste de 8%, corrigindo salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a partir de 1º de setembro de 2011. O acordo garantiria uma correção acima da inflação pelo oitavo ano consecutivo.

A proposta prevê aumentar para R$ 1.845,77 o piso salarial para a função de caixa, para jornadas de seis horas.

O auxílio refeição subiria para R$19,60 por dia. A cesta alimentação, para R$ 336 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal seria de R$ 282,24 por filho até 6 anos de idade.

Para a PLR, a distribuição prevista pela Fenaban é de 5% a 13% do lucro líquido, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado, mais o pagamento de uma parcela adicional de 2% do lucro líquido, distribuído de forma linear a todos os funcionários.

Os limites em valor da PLR também seriam reajustados pelo mesmo índice do salário (8%). Para a função de caixa, a PLR poderia chegar a quase quatro salários e, no caso do escriturário, ultrapassar os quatro salários.

O que os bancários querem

O reajuste salarial que os bancários querem é de 12,8%, o que corresponde a um aumento real de 5%. Também lutam por participações maiores nos resultados e lucros.

Querem ainda valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo de R$ 545. Mais contratações, saúde e segurança ainda fazem parte das reivindicações.

Do Uol.com(Com informações do Infomoney)

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