domingo, 28 de fevereiro de 2010

OS NOVOS TEMPOS DAS FARMÁCIAS

Entrou em vigor semana passada a resolução 44/2009 da ANVISA. Com ela, várias mudanças serão sentidas em sua próxima visita à farmácia. Sorvetes, comidas, revistas e guloseimas não mais farão companhia a antibióticos, antidepressivos e antialérgicos. Os mais saudosistas devem se lembrar do tempo em que farmácia tinha balcão de madeira, expositores de vidro e cheiro de remédio.
Naquele tempo - e nem faz tanto assim - os farmacêuticos diagnosticavam e receitavam medicamentos e dosagens. Muitas vezes sem formação específica, acertavam pela experiência acumulada. Conhecíamos o estabelecimento pelo nome do proprietário, o qual invariavelmente de branco e com medidor de pressão nas mãos fazia muitas vezes, o papel de médico da família.
Os tempos passaram, chegaram as grandes redes e com elas a padronização no atendimento. Lojas com temperatura controlada, mostradores luxuosos, promotores de vendas, programas de relacionamento e descontos, uniformes e discursos padronizados. Estratégias utilizadas para construir a lealdade do consumidor à marca e sustentar este novo modelo de negócios.
Ir a farmácia é hoje pura diversão. Passear por seus corredores largos e bem iluminados, conferindo os lançamentos virou programa. Batons, perfumes, sabonetes, xampus e medicamentos estão sempre à mão. Ou melhor, estavam. E vêm mais mudanças. Antigripais, antiácidos, antitérmicos e outros remedinhos que compõem nossa farmácia caseira serão transferidos para trás do balcão, como antigamente.

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