segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No Notícias do Interior

REFLEXOS DE UM SISTEMA

Já escrevi neste espaço sobre a real situação do sistema educacional brasileiro, que da forma como está delineado tem poucas chances de funcionar e de obter resultados práticos positivos em função de métodos utilizados que não incentivam nem disciplinam os estudantes para um aprendizado eficaz.

Digo isso sem medo de errar, porque o sistema está programado para alcançar números sem se preocupar com a parte principal, que é a qualidade e a formação de verdadeiros cidadãos. Isso não ocorre por vários motivos, mais primordialmente pela falta de um comprometimento maior de nossas autoridades em transformar a educação numa coisa séria e primordial para o futuro do país e de sua população.

Não podemos mais admitir que se continue um sistema no qual a preocupação maior é o aluno passar de ano, mesmo não tendo aprendido praticamente nada e sem ter as condições ideais para acompanhar a nova série que irá ocupar. Isso acontece constantemente, prejudicando sua formação e consequentemente o seu futuro. Além do mais o professor perdeu a autoridade e deixou de ser "peça-chave" neste sistema, passando a ser coadjuvante mal remunerado e sem poderes para impor um aprendizado eficiente dentro da sala de aula, o que mostra que algo está muito errado, já que o aluno amparado por um emaranhado de leis faz o que quer, deixando o professor inerte e sem as condições necessárias para colocar em prática aquilo que sabe e pode ensinar.

O resultado de todos esses equívocos é um aprendizado comprometido, um professor desestimulado e um aluno sem a menor vontade de aprender pela falta de rigidez nos seus ensinamentos, provocando uma decadência constante nessa cadeia que tem no seu final um homem sem perspectivas, desinformado e sem qualificação para enfrentar o mercado de trabalho e consequentemente a vida. Assim, os governos podem investir bilhões, mas se não modificar a forma de aprovação e não melhorar as condições de trabalho e os salários dos profissionais da educação estimulando-os a mudar esse quadro dificilmente melhoraremos os nossos índices que compõem o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), pois o nosso fraco sistema educacional continuará puxando-o para baixo, o que pode ser provado com o que foi divulgado recentemente. Fica o alerta! "Pense nisto" e até o próximo domingo.

O MOMENTO EXIGE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

Está na hora de muitos gestores públicos procurarem modificar a forma de administrar, não há mais espaço para administrações centralizadoras e sem transparência, o momento não permite mais, por isso é bom que aqueles que ainda acham que administrar algo público é brincadeira, é bom ir mudando esse comportamento, pois existe uma tendência de a cada dia as coisas ficarem mais rígidas com acentuação das fiscalizações de forma mais eficaz e rotineira.

O grande problema é que muitos ainda não despertaram que hoje existem leis (Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei da Ficha Limpa etc.) que não mais possibilitam que a coisa pública seja tratada como propriedade, ou seja, o dinheiro não pode mais ser gasto sem um planejamento e sem um direcionamento, principalmente quando exige que seja feito licitação sendo indispensável os documentos comprobatórios para tal ato.

O certo é que o momento está exigindo que haja uma mudança profunda na forma de se administrar e não adianta os gestores insistirem em amadorismo, pois não cabe mais, já que cuidar do que é da população redobra a responsabilidade, por esse motivo é que as práticas utilizadas anteriormente aos poucos vão ter que ser banidas, caso contrário terá muitos gestores públicos sendo obrigados a ressarcir verbas públicas ou até mesmo ir para trás das grades, fica o registro.

AVISO

Tenho tido a preocupação de informar a rigidez com que estão fiscalizando e punindo gestores públicos. É bom os desavisados ou os que não estão acreditando que a coisa está ficando mais séria irem se preocupando também para que não sofram no futuro o que muitos estão passando agora. Fica mais um alerta!

VAI FICAR MAIS DIFÍCIL

Estamos vivendo um período que mudar de comportamento será inevitável, já que as fiscalizações obrigarão aos gestores públicos agirem conforme a lei, respeitando as normas e aplicando os recursos de acordo com o pleiteado. Por isso, vai ficar muito difícil para aqueles que só conseguem se eleger gastando muito dinheiro, pois não haverá mais tanto espaço para desvios de verbas públicas como acontece.

AS PROVAS ESTÃO AÍ

A prova de que as coisas estão sendo tratadas de forma diferente e que as cobranças para o cumprimento das leis estão mais evidentes, basta verificarmos as últimas condenações de gestores públicos para devolver recursos mal-aplicados e não comprovados. Só esta semana, três foram condenados a devolver dinheiro: o ex-prefeito de Guamaré, João Pedro, que deverá devolver R$ 1 milhão do Fundef; o prefeito cassado de Angicos, Clemanceau Alves, que foi condenado a devolver 942 mil reais de recursos não-comprovados da Prefeitura e o ex-prefeito de Patu, Possidônio Queiroga, que foi preso e condenado a devolver 700 mil reais de uma creche que não foi construída...
Fonte: O Mossoroense.com.br

PATU NOTÍCIA: Em PATU a situação é mais grave, os três últimos Prefeitos já foram condenados ou estão respondendo por Improbidade Administrativa, sendo que dois deles estão com os direitos políticos casados, e a atual Prefeita já coleciona processos que podem resultar em cassação e suspensão dos direitos políticos.

Mais grave ainda é que a própria população elegeu a atual prefeita que é esposa do Ex-Prefeito Ednardo Moura que tem os Direitos Políticos Cassados e teve sua candidatura em 2008 suspensa pela Justiça Eleitoral, e não tem qualificações para administrar a cidade, entregando assim o poder e o futuro de Patu a terceiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário