quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fifa "queima" Brasil junto ao COI

Genebra (AE) - A Fifa alerta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a crise que enfrenta no Brasil e adverte ao movimento olímpico que fique atento a problemas legais no País. A Agência Estado apurou com exclusividade que um documento foi elaborado pela Fifa e enviado ao COI com uma lista de problemas que a entidade máxima do futebol está enfrentando no Brasil, em uma espécie de denúncia ao COI de que poderão enfrentar os mesmos problemas para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.O COI e a Fifa têm trocado informações sobre a situação no Brasil, já que o País vai realizar a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O documento, porém, escancara a crise que vive a relação entre a Fifa, o governo brasileiro e o Comitê Organizador Local (COL).
Nas últimas semanas, o governo tem batido o pé em alguns pontos da preparação da Copa e insistido que a Fifa não terá o direito de mudar todas as legislações já existentes no País para adequar a seu projeto - mais especificamente em relação aos ingressos de meia-entrada e a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol durante o Mundial. Há uma semana, a presidente Dilma Rousseff se reuniu em Bruxelas com a cúpula da Fifa para tentar esfriar os ânimos.

Mas o documento, tratado como sigiloso e que nem sequer passou pelo Brasil, listou ao COI uma série de problemas que a Fifa enfrenta e que considera ser um obstáculo também para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.

Gilberto Felli, diretor dos Jogos no COI, explicou à Agência Estado que a diferença na preparação dos dois eventos é o grau de exigência do COI, antes de dar o direito de o Brasil receber a Olimpíada de 2016. Segundo ele, grande parte das preocupações e problemas enfrentados pela Fifa com o governo hoje não serão repetidos em 2016 porque já existe um contrato com a cidade do Rio de Janeiro e compromissos claros, todos assinados antes de a capital carioca ter sido escolhida. Mas admitiu que os problemas enfrentados hoje pela Fifa fazem a entidade estar mais atenta com a situação no Brasil.

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