sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Patu será beneficiada com obras da CAERN

Apenas 22% dos municípios potiguares contam com saneamento básico

Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern) confrontou os dados apresentados no Atlas de Saneamento 2011, divulgado na última quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que informava que 35% dos municípios do RN contam com o serviço de coleta de esgoto. De acordo com o gerente de desenvolvimento operacional e controle de perdas, Isaias Costa Filho, apenas 22% dos domicílios localizados em municípios atendidos pela Caern têm serviço de esgotamento sanitário.

A Caern atende 152 municípios do estado, dos quais 40 contam com o serviço de esgotamento sanitário. A capital potiguar possui 34% dos domicílios com coleta de esgoto, mas destes apenas 50% é tratado. Segundo a Caern, nos outros municípios 100% do esgoto coletado é tratado.

Os dados apresentados pela Caern, em entrevista coletiva na tarde de ontem, mostram que no Rio Grande do Norte 500 mil pessoas são atendidas com esgotamento sanitário, através de 135.159 ligações, 58 Estações de Tratamento de Esgoto, 1.373 Km de rede coletora, e 20,6 milhões de m³ de esgotos coletados por ano. No entanto, esses números tendem a aumentar nos próximos anos com as obras previstas para melhorias e ampliação do sistema.

De acordo com o assessor de empreendimentos da Caern, Marcos Antonio Rocha, cerca de R$ 822 milhões já estão garantidos pelo Governo Federal e serão investidos até o fim de 2013 na capital e em cidades do interior como Mossoró, Assu, Pau dos Ferros, Goianinha, Caicó e Macaíba. Segundo o Atlas de Saneamento 2011, o município potiguar de Rafael Godeiro apresenta a maior taxa de internação medida por diarreia no país em decorrência da falta de saneamento básico na cidade. Apesar disso, Rafael Godeiro não figura entre os locais que receberão investimentos em saneamento até 2013. O único município do Rio Grande do Norte 100% saneado é Acari, na região do Seridó.

Expectativas

A expectativa da Caern é de que até o fim de 2011 o índice de atendimento no que se refere à esgotamento sanitário chegue a 34% na capital e 26%em todo o estado. Para isso, os técnicos esperam que a Estação de Tratamento do Baldo, que atualmente opera com 50% da sua capacidade, esteja em pleno funcionamento e que o esgotamento sanitário dos bairros Morro Branco, Mãe Luiza e Nova Descoberta estejam implantados até dezembro deste ano.

Em 2013 os índices de atendimento devem chegar a 70% em Natal e 56% em todo o estado com a implantação do sistema de esgotamento sanitário de parte de Ponta Negra e Candelária, e dos bairros de Capim Macio e Neópolis, além da conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto Guarapes, que atenderá os bairros de Felipe Camarão, Guarapes, Cidade Nova, Planato, parte das Quintas e San Vale.

Quase 100% dos domicílios potiguares dispõem de água tratada


A Caern também apresentou os números referentes aos domicílios atendidos com fornecimento de água. Os dados mostram que 2,3 milhões de pessoas são atendidas com abastecimento de água, o que corresponde a 96% dos domicílios do Rio Grande do Norte. São 742.755 ligações, 95 Estações de Tratamento de Água, 5.847 Km de rede de distribuição, e 230,4 milhões de m3 de água produzidos por ano.

Na capital o índice de abastecimento chega a 98%. Também estão previstos investimentos para a ampliação e melhoria dos sistemas de abastecimentos de água em Parnamirim, Patu, Caraúbas, Macaíba, Santo Antonio, e Assu. "Dentre essas cidades nós podemos destacar Macaíba que está recebendo um grande investimento na ampliação de sua rede porque lá o abastecimento estava defasado porque foi uma cidade que apresentou um grande crescimento nos últimos anos", disse Isaias Costa Filho.

Em relação a perda de águas, Isaías Costa Filho afirmou que o índice de perda é de aproximadamente 50%, o mesmo divulgado pelo IBGE, e que melhorias estão sendo desenvolvidas com o objetivo de chegar a um índice próximo de 25%. "Nós temos dois tipos de perdas: a física, que é aquele vazamento que todo mundo vê, e a aparente que é a perda comercial, quando a pessoa consome, mas não aparece", disse. Segundo ele, cerca de R$ 6 milhões já foram investidos na substituição de 34 km da rede de amianto, e são necessários ainda cerca de R$ 40 milhões para a substituição de mais 200 km. 

De Erta Souza para a redação do Diário de Natal

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