O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos/RN) anunciou ontem que o preço da gasolina adquirida pelos postos do estado deverá aumentar R$ 0,15 a partir da próxima segunda. Embora não afirmem que irão repassar o reajuste para o consumidor, os donos de postos já adiantaram que não poderão absorver a alta no custo. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), que representa as principais companhias distribuidoras, foi procurado pela reportagem, mas afirmou desconhecer o novo reajuste.
fotos: aldair dantas
O Posto Shell, vizinho ao Midway Mall, foi o alvo escolhido pela segunda vez, no período de um mês

A informação do novo reajuste foi passada à TRIBUNA DO NORTE durante visita de donos de postos, ontem, ao diretor de redação, jornalista Carlos Peixoto. Se confirmada - e o acréscimo de R$ 0,15 atingir as bombas - o preço da gasolina deverá superar os R$ 3,00 em Natal. Considerando o valor máximo registrado pelo Procon Municipal, em pesquisa realizada no último dia 22, a mais recente feita pelo órgão, o valor máximo cobrado pelo litro do combustível passaria de R$ 2,99 para R$ 3,14. O preço médio, por sua vez, saltaria de R$ 2,86 para R$3,01.
Preocupados com a possível repercussão do novo reajuste, os empresários visitarão hoje a Promotoria de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Rio Grande do Norte. A intenção é discutir a questão de forma técnica e não política, segundo afirmaram.
Antônio Cardoso Sales, presidente em exercício do Sindipostos, disse que as empresas do setor já absorveram o que podiam em se tratando de aumentos. Os empresários também negaram que o movimento Combustível Mais Barato Já, apoiado pelo Comitê Gestor do Combustível (formado por OAB, Procons e Câmara Municipal de Natal), tenha conseguido reduzir o faturamento dos postos. Segundo o sindicato, os postos continuam faturando os mesmos valores registrados antes da alta.
“Quem abastecia R$50, continua abastecendo R$50”, diz Cirne Júnior, empresário.
O Sindipostos voltou a dizer que não tem nenhuma influência no preço final da gasolina, que a margem de lucro bruta dos postos (que fica em torno de 15%) não é extorsiva e que o problema de aumento de preços é nacional. O sindicato reconheceu que errou a não se pronunciar no início da polêmica e vai reavaliar sua politica de comunicação. Na avaliação dos empresários, a polêmica envolvendo o aumento do preço da gasolina está sendo usada como palanque eleitoral.
Da Tribunadonorte.com.br
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